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Eleições municipais na Venezuela marcadas para 8 de dezembro 

A campanha eleitoral para as municipais de 8 de dezembro arrancou hoje oficialmente na Venezuela, contando as organizações  políticas venezuelanas com 20 dias para sensibilizar o eleitorado a participar  numas eleições que tradicionalmente registam uma alta abstenção. 

(Reuters/ Arquivo)
© Jorge Silva / Reuters

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) autorizou o início  da campanha, convocando os 19.066.431 eleitores a preparar-se para eleger  365 presidentes de câmaras municipais e 2.389 autarcas para o período 2013-2017.

Participam 16.880 candidatos, entre eles pelo menos três lusodescendentes,  em 23 estados e no Distrito Capital. 

As duas principais tendências políticas em confronto são o "chavismo",  constituído por simpatizantes do falecido presidente Hugo Chávez e por organizações  que apoiam a revolução bolivariana, e a oposição, maioritariamente associada  na coligação Mesa de Unidade Democrática, havendo ainda um importante número  de independentes. 

As eleições municipais de 8 de dezembro são as primeiras que ocorrem  no país depois de Nicolás Maduro, o sucessor de Hugo Chávez, ter sido eleito  presidente, em abril de 2013, e ocorrem num momento em que os venezuelanos  se queixam da alta inflação e da escassez de produtos básicos e em que o  governo acusa alguns setores de fomentar uma "guerra económica". 

O governo tomou recentemente medidas para obrigar os empresários a baixar  até 70% os preços dos produtos. 

A oposição, para quem as eleições são um "plebiscito" a Nicolás Maduro,  espera que mesmo com a euforia provocada por milhares de produtos a preços  baixos os venezuelanos "castiguem" o governo, votando pelos opositores em  municípios importantes. 

No "centro" estão os independentes que reclamam que as organizações  políticas insistem em polarizar e dividir o país em duas tendências, com  as quais, dizem, muitos cidadãos não se sentem atraídos. 

Lusa