O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) autorizou o início da campanha, convocando os 19.066.431 eleitores a preparar-se para eleger 365 presidentes de câmaras municipais e 2.389 autarcas para o período 2013-2017.
Participam 16.880 candidatos, entre eles pelo menos três lusodescendentes, em 23 estados e no Distrito Capital.
As duas principais tendências políticas em confronto são o "chavismo", constituído por simpatizantes do falecido presidente Hugo Chávez e por organizações que apoiam a revolução bolivariana, e a oposição, maioritariamente associada na coligação Mesa de Unidade Democrática, havendo ainda um importante número de independentes.
As eleições municipais de 8 de dezembro são as primeiras que ocorrem no país depois de Nicolás Maduro, o sucessor de Hugo Chávez, ter sido eleito presidente, em abril de 2013, e ocorrem num momento em que os venezuelanos se queixam da alta inflação e da escassez de produtos básicos e em que o governo acusa alguns setores de fomentar uma "guerra económica".
O governo tomou recentemente medidas para obrigar os empresários a baixar até 70% os preços dos produtos.
A oposição, para quem as eleições são um "plebiscito" a Nicolás Maduro, espera que mesmo com a euforia provocada por milhares de produtos a preços baixos os venezuelanos "castiguem" o governo, votando pelos opositores em municípios importantes.
No "centro" estão os independentes que reclamam que as organizações políticas insistem em polarizar e dividir o país em duas tendências, com as quais, dizem, muitos cidadãos não se sentem atraídos.
Lusa