"Não houve progressos" sobre os pontos em desacordo entre o Irão e os 5+1 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha), disse Abbas Araghchi aos jornalistas iranianos em Genebra, citado pela agência Mehr, sem dar mais detalhes.
Ainda que sem mais detalhes o Irão deu a entender que as diferenças incluem o que as autoridades de Teerão consideram o seu direito a enriquecer urânio. "Se houver progressos e se as negociações se aproximarem de um acordo é possível para os ministros dos Negócios Estrangeiros (dos 5+1)" ajudarem a concluir um acordo, disse também o responsável.
As negociações baseiam-se num texto do passado dia 09, depois de uma anterior ronda de negociações ter terminado sem acordo. Hoje foi o segundo dia de intensas negociações entre o Irão e as potências mundiais naquela que é já a terceira ronda de negociações desde a eleição do Presidente Hassan Rouhani.
As duas partes, que procuram pôr termo às divergências em torno do programa nuclear iraniano após uma década de tensões políticas e diplomáticas, consideraram no entanto que as discussões foram detalhadas, sérias e construtivas.
Numa tentativa de aumentar a pressão sobre Teerão, o líder da maioria democrata do Senado norte-americano, Harry Raid, admitiu a aprovação de novas sanções contra o Irão em dezembro, caso não seja alcançado um acordo.
Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e a Alemanha pretendem que o Irão suspenda uma parte do seu programa nuclear durante seis meses em troca da suavização das pesadas sanções internacionais.
Lusa