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Iraque considera acordo nuclear "um grande passo" para a paz na região

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki,  afirmou hoje que o acordo sobre o programa nuclear do Irão, alcançado em Genebra na última madrugada, é um "grande passo para a segurança e a estabilidade"  da região. 

© Maxim Shemetov / Reuters

"Esperamos continuar com o processo de criação de confiança e estimular  o diálogo e o interesse de ambas as partes para travar a proliferação nuclear  e o reconhecimento do direito do Irão de avançar com o seu programa nuclear  para fins pacíficos", assinalou Al Maliki em comunicado citado pela agência  espanhola Efe. 

O chefe do Governo iraquiano manifestou igualmente o desejo de que o  acordo consiga "limpar" o Médio Oriente de armas de destruição maciça. 

"O Iraque quer expressar o seu apoio às decisões tomadas hoje, cuja  finalidade é a de garantir o seu cumprimento nas fases restantes e promover  um clima de diálogo, entendimento e soluções pacíficas" acrescentou o governante  iraquiano.  

Al Maliki felicitou "todos os países que contribuíram para este êxito"  e que mostraram interesse nesta nova etapa "como base para resolver outras  crises". 

As grandes potências mundiais concluíram esta madrugada um acordo com  o Irão, que se comprometeu a não enriquecer urânio acima de 5% durante seis  meses em troca do alívio de sanções.  

O acordo entre o Irão e as seis potências mundiais (os cinco membros  do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha) prevê que o Irão também desmantele  "os conetores técnicos" que permitem o enriquecimento acima de 5%. 

Com este compromisso, as potências garantem o alívio das sanções contra  o Irão, avaliadas em sete mil milhões de dólares, durante seis meses, mas  se o país não cumprir por completo o acordo as sanções voltarão a entrar  em vigor. 

No âmbito do acordo alcançado, o Governo iraniano comprometeu-se a parar  o enriquecimento de urânio até 20% e só poderá fazê-lo abaixo de 5%, apenas  o suficiente para ser utilizado em atividades civis, a não expandir as centrais  nucleares de Fordo e Natanz e a parar a construção da central de Arak, onde  se poderia produzir plutónio. 

 

     

Lusa