Durante a noite elementos das forças antimotim utilizaram gás lacrimogéneo contra um grupo de manifestantes que atacou uma carrinha dos serviços de segurança.
A ação foi reivindicada pelo líder do partido nacionalista Sovoboda (Liberdade), Oleg Tiagnibok, que denunciou que a partir do veículo atacado, estacionado junto à praça, estavam a ser feitas escutas ilegais.
"Conseguimos retirar da carrinha várias malas e alguns computadores. Quando as abrimos descobrimos equipamento de escutas, antenas para interceptar sinais de rádio e vários conjuntos de matrículas de carro", disse o mesmo responsável ao canal de televisão ICTV.
O líder nacionalista disse ainda que o seu partido vai apresentar à imprensa mais tarde o equipamento utilizado pelos serviços de segurança em escutas ilegais à oposição.
Após o incidente, as forças especiais da polícia retiraram do local da praça onde centenas de defensores da integração da Ucrânia na União Europeia passaram a noite.
Yulia Timoshenko, antiga chefe do Governo e líder da oposição detida, associou-se ao protesto a partir do hospital onde está internada anunciado uma greve de fome por tempo indeterminado.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Leonid Kozhar, declarou segunda-feira que o Presidente Víctor Yanukóvich à cimeira da Associação Oriental que decorrerá na capital da Lituânia, mas que não irá rubricar um acordo com a União Europeia.
O mesmo governante disse ainda que o acordo não foi rejeitado, mas a sua assinatura está, para já, adiada.
Lusa