De acordo com uma nota do Vaticano, Francisco e Benjamin Netanyahu analisaram o atual momento na região do Médio Oriente, depois do reinício das negociações entre israelitas e palestinianos, concordando na necessidade de se chegar o mais depressa possível "a uma solução duradoura e justa, respeitando os direitos das duas partes".
O papa reuniu-se hoje, durante 25 minutos, no Vaticano, com Benjamin Netanyahu, que chegou ao Vaticano com uma delegação de 13 pessoas, entre as quais alguns militares e a mulher, Sara.
O primeiro-ministro israelita ofereceu ao papa argentino um livro escrito pelo pai, Benzion, "As origens da Inquisição na Espanha do século XV", publicado em 1999, e uma 'menorá', o candelabro judeu de sete braços. Jorge Bergoglio deu a Netanyahu uma imagem em bronze de S.Paulo.
O comunicado do Vaticano indica que o papa e o primeiro-ministro israelita abordaram também a próxima visita de Francisco à Terra Santa.
Alguns 'media' israelitas noticiaram que a viagem poderá realizar-se a partir de 25 de maio, mas o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse não existir ainda uma data prevista para a deslocação.
O Vaticano não deu qualquer pormenor relativo a esta viagem, a segunda fora de Itália de Francisco, que em julho último se deslocou ao Brasil para as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ).
O secretário para as Relações com os Estados do Vaticano, Dominique Mamberti, disse a alguns meios de comunicação jordanos que a viagem podia começar na Jordânia.
A nota à imprensa refere ainda que o papa e Netanyahu manifestaram a vontade de uma rápida conclusão nos acordos em várias matérias que o Estado israelita e a Santa Sé preparam há vários anos.
Depois da audiência com o papa, Netanyahu reuniu-se com o secretário do Estado do Vaticano, Pietro Parolin.
A 17 de outubro, o papa recebeu o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e a 30 de abril, o presidente de Israel, Shimon Peres.
Todos convidaram Francisco a visitar Jerusalém.
Lusa