Numa conferência de imprensa, transmitida pela televisão, Yingluck Shinawatra qualificou de "inaceitáveis" e contrárias à Constituição as exigências por parte de Suthep Thaugsuban, líder dos protestos e um dos dirigentes do Partido Democrata (principal partido da oposição) para que a primeira-ministra ceda o poder a um conselho popular.
"Quero fazer tudo o quer estiver ao meu alcance para que o povo esteja contente", mas "aquilo que eu faço deve estar dentro do consagrado na Constituição", argumentou.
A primeira-ministra tailandesa, que confirmou ter tido no domingo noite um encontro com Suthep Thaugsuban, reiterou hoje estar disposta a "abrir qualquer porta" para negociar com os manifestantes.
Yingluck Shinawatra frisou que haverá contenção por parte da polícia que, pelo segundo dia consecutivo, voltou a recorrer ao uso de gás lacrimogéneo e a balas de borracha, para dispersar os protestos.
Os manifestantes antigovernamentais tentam remover as barricadas de cimento erguidas pelas autoridades para poder aceder à Casa do Governo e à sede da Polícia Metropolitana, fortemente vigiadas por cerca de dois mil agentes das forças antimotim.
Em paralelo, a Comissão Nacional para os Direitos Humanos da Tailândia apelou a todas as partes para cessarem o recurso à violência através de um comunicado em que também pedem indulgência à polícia e respeito pela imprensa por parte dos manifestantes.
Suthep pretende derrubar o atual Governo eleito, ao qual deu, no domingo à noite, dois dias para que se demita, com vista a substitui-lo por um "conselho de pessoas", do qual não faria parte.
Lusa