Malala foi alvo em 2012 de uma tentativa de assassínio dos talibãs por defender o direito das mulheres à educação. A jovem, então com 15 anos, sobreviveu ao ataque e tornou-se uma ativista internacional pelo direito de todas as crianças a frequentar a escola.
Mas, hoje, a cerimónia de lançamento do seu livro "I am Malala" ("Eu sou Malala") na Universidade de Peshawar foi cancelada depois de pressões das autoridades que levaram a polícia a recusar garantir a segurança, segundo organizadores.
Não estava prevista a presença de Malala na cerimónia.
"Fomos obrigados a cancelar. Fomos pressionados por ministros provinciais e pelo vice-reitor da universidade", disse à agência France Presse o diretor do centro de estudos que ia acolher o lançamento, Sarfaraz Khan.
"Quando recusei obedecer a essa ordem ilegal (de cancelar o evento), a polícia recusou garantir segurança", acrescentou.
O ministro da Informação provincial, Shah Farman, confirmou à mesma agência que o evento foi cancelado por decisão das autoridades, afirmando haver "muitas razões para isso".
Segundo Farman, o local "não era adequado" e o evento destinava-se "apenas a obter mais fundos dos Estados Unidos".
Peshawar é a capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do Paquistão, centro da insurgência radical islâmica.
Lusa