"Este é um momento escuro, em que os delinquentes são premiados pelo Governo e os venezuelanos que querem uma mudança em paz são encarcerados (...). Hoje apresento-me perante uma justiça injusta, que não julga segundo a Constituição e as leis. Se o meu encarceramento serve para acordar o povo, valerá a pena", disse Leopoldo López ao entregar-se.
Segundo a imprensa venezuelana, Leopoldo López é acusado por um tribunal venezuelano dos delitos de "associação, instigação para cometer delito, intimidação pública, incêndio a edifício público, danos a propriedade pública e lesões graves" e de "homicídio intencional qualificado executado por motivos fúteis e não nobres" relacionados com dois dos três mortos durante confrontos entre opositores e apoiantes do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Antes, o líder do VP apareceu na Praça Brión de Chacaíto, em Caracas, onde se concentraram centenas de simpatizantes que foram impedidos pela Polícia Nacional venezuelana de marchar para o acompanhar até ao Ministério do Interior e Justiça. Garantindo que nunca deixará a Venezuela, López atravessou a praça com uma bandeira venezuelana e um ramo de flores nas mãos e dirigiu-se a agentes da Guarda Nacional (polícia militar) que o introduziram numa viatura blindada, enquanto os simpatizantes cantavam o Hino Nacional da Venezuela.
Leopoldo López tinha convocado, no domingo, os venezuelanos para o acompanharem numa marcha até ao Ministério de Relações Interiores, Justiça e Paz para "dar a cara" perante as acusações do governo.
Lusa