"Cerca de nove mil pessoas estão em risco em Licungo, o rio já inundou algumas aldeias", disse Rita Almeida, porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Desastres, à agência de notícias francesa AFP.
A província de Sofala é até agora a região mais afetada, depois de o rio Pungoe ter transbordado as suas margens no final da semana passada, cortando o acesso rodoviário entre a Beira, a segunda maior cidade do país, e o vizinho Zimbabwe.
As pessoas que vivem junto à bacia do rio Licungo, perto da costa, abandonaram voluntariamente as suas casas para procurar abrigo em acampamentos temporários criados durante a época das cheias de 2013.
As equipas de resgate devem começar hoje a fazer o reconhecimento da cidade costeira de Nante, para ver se alguém ficou para trás, adiantou a mesma fonte.
"Amanhã (quinta-feira), vamos fazer algumas diligências para ver se ficaram algumas pessoas na zona", adiantou Rita Almeida.
A época chuvosa em Moçambique ocorre, normalmente, entre outubro e abril, encontrando-se atualmente no seu pico. As fortes chuvas estão a atingir as províncias costeiras da Zambézia, bem como as províncias do norte de Nampula e Cabo Delgado.
A zona costeira de Moçambique é berço de nove bacias hidrográficas internacionais, tornando-a especialmente vulnerável a inundações.
Em 2000, o país foi devastado por cheias que mataram mais de 800 pessoas.
Lusa