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Líder da oposição venezuelana pede mais apoio na rua a favor da mudança

O líder do partido opositor venezuelano Voluntad Popular, Leopoldo López, detido numa prisão militar desde 18 de fevereiro, defendeu hoje que a "mudança política e social" contra o presidente Nicolás  Maduro deve ser pacífica, mas deve acontecer "na rua". 

© Jorge Silva / Reuters

"A mudança só pode chegar pela mão de milhões de pessoas na rua, em  paz e sem violência, mas na rua", assinalou hoje, no diário de Caracas El  Nacional. 

O economista, que presidiu entre 2000 e 2008 à câmara de Chacao, um  município localizado na área metropolitana de Caracas e que tem sido o epicentro  dos protestos contra Maduro, disse que não se arrepende de se ter entregado  voluntariamente, depois de ser acusado de atos de violência numa manifestação  inicialmente pacífica. 

Revelou ainda que na penitenciária, reservada a chefes militares acusados  de delitos, pode ser visitado pela mulher, padres e advogados, mas está  impedido de contactar com outros presos. 

"Sou um preso político", declarou ao El Nacional, mostrando-se consciente  de ter contribuído para "acender a chama" dos protestos contra o presidente  venezuelano. 

Como objetivo de curto prazo, Lopez "exige justiça" pelas 18 mortes  e dezenas de feridos e detidos que resultaram até agora da contestação,  pelo desfalque de divisas já admitido pelo governo e "que se recomponham  os poderes públicos". 

A oposição venezuelana e os estudantes que apoiam a contestação ao governo  de Nicolás Maduro levaram, entretanto, as suas reivindicações até à rede  social Twitter, pedindo às estrelas que vão participar hoje na cerimónia  dos Óscares que mencionem a situação que se vive no país. 

A Venezuela tem sido palco de marchas e protestos a favor e contra o  Governo de Maduro, que afirma estar a ser vítima de um "golpe de Estado  prolongado". 

 

     

 

Lusa