"Esperamos que no futuro a China receba mais apoio da comunidade internacional na sua luta contra o terrorismo", disse a porta-voz da Assembleia Nacional Popular chinesa e ex-vice-ministra dos Negócios Estrageiros, Fu Ying.
No início de uma conferência de imprensa no Grande Palácio do Povo, em Pequim, Fu Ying condenou o ataque terrorista em Kunming como uma "atrocidade" e salientou que "o terrorismo não tem fronteiras".
O ataque, atribuído pelas autoridades a separatistas do Xinjiang ligados ao Movimento Islâmico do Turquistão Oriental, foi descrito na imprensa oficial chinesa como "o 11 de setembro da China".
Os governos dos Estados Unidos da América, França, África do Sul e outros países condenaram o ataque, mas o caso não gerou o repúdio e a onda de solidariedade globais suscitadas pela destruição das Torres Gémeas de Nova Iorque, em 2001.
O ataque em Kunming - o primeiro do género registado na China - foi executado por homens armados com grandes facas que, no sábado à noite, cerca das 21:00 (hora local), começaram a esfaquear as pessoas que se encontravam no 'hall' da estação ferroviária daquela cidade.
Quatro dos atacantes foram abatidos no local e outros quatro, entre os quais uma mulher, foram detidos, disse a polícia.
O líder do grupo foi identificado como Abdurehim Kurban, um nome aparentemente uigur, a maior etnia do Xinjiang, de religião muçulmana e cultura turcófona.