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China e Angola vão assinar dois acordos no âmbito da visita de Li Keqiang a Luanda

China e Angola vão assinar dois acordos durante  a visita do primeiro-ministro chinês Li Keqiang a Luanda, aonde chega hoje  a meio da tarde, disse fonte diplomática à Lusa. 

O primeiro-ministro chinês Li Keqiang / Reuters
© Afolabi Sotunde / Reuters

Os acordos, um para a supressão de vistos diplomáticos entre os dois  países e o segundo no domínio financeiro, são assinados sexta-feira no Palácio  Presidencial, depois de um encontro entre Li Keqiang e o Presidente angolano  José Eduardo dos Santos e as conversações oficiais entre as duas delegações.

Hoje, no primeiro dia, a visita é dedicada às empresas e cidadãos chineses,  com uma visita à cidade do Kilamba Kiaxi, e uma reunião com empresários  chineses e um encontro com funcionários da embaixada chinesa e comunidade  chinesa residente em Luanda. 

Kilamba Kiaxi, uma cidade inteiramente nova e em fase de expansão na  zona a sul de Luanda, é o cartão de visita que as autoridades angolanas  apresentam a entidades estrangeiras que visitam o país e que reflete o sucesso  da Angola saída do pós-guerra civil. 

Já com milhares de famílias a viver no Kilamba Kiaxi, a nova centralidade  foi construída pela empresa chinesa Citic, uma das maiores a operar em Angola.

O segundo dia da visita é dedicado às relações bilaterais, com o encontro  privado de Keqiang e José Eduardo dos Santos, conversações entre as duas  delegações e a assinatura dos dois acordos de cooperação. 

Angola é a terceira etapa do périplo africano que já levou li Keqiang  à Etiópia e Nigéria, e que termina no Quénia, para onde o primeiro-ministro  chinês parte ao princípio da tarde de sexta-feira, em Luanda. 

As relações sino-angolanas traduzem o conceito "oil for money", em que  a China compra 45 por cento das exportações de petróleo angolano e Angola  beneficia de linhas de crédito que permitiram iniciar a reconstrução do  país exaurido saído da guerra civil que terminou em abril de 2002. 

Os dois países estabeleceram em 2010 uma parceria estratégica. 

Esta primeira visita de Li Keqiang a África, um ano depois de o Presidente  Xi Jinping ter visitado o continente africano, evidencia o crescente relacionamento  entre a China e África. 

No caso de Angola, constitui o reconhecimento da vital importância do  combustível angolano no funcionamento da gigantesca máquina industrial chinesa.

 

     

Lusa