A decisão do Governo de Ancara é tomada uma semana depois de o consulado turco na cidade de Mossul, norte do Iraque, ter sido atacado por combatentes jihadistas.
"No contexto da situação no Iraque, e por causa do aumento dos riscos em matéria de segurança na região de Bassorá, o nosso consulado geral foi hoje evacuado", escreveu o chefe da diplomacia turca na rede social Twitter.
Os funcionários diplomáticos turcos foram transportados em segurança para o Kuwait, acrescentou o ministro.
Os combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), com ligações à rede Al-Qaida, iniciaram, na semana passada, uma ofensiva no Iraque.
Um dos primeiros ataques dos jihadistas teve como alvo, a 11 de junho, o consulado turco em Mossul. Durante o ataque, 49 cidadãos turcos, que estavam no interior do edifício, foram feitos reféns.
O grupo radical sunita, que foi incluído recentemente na lista de organizações consideradas terroristas por Ancara, também sequestrou 31 motoristas turcos.
O sequestro destes cidadãos turcos está a provocar polémica na Turquia, com a oposição parlamentar a acusar o governo islâmico-conservador, liderado por Recep Tayyip Erdogan, de manter alegadas ligações com algumas redes jihadistas, e a criticar a decisão de Ancara de não ter evacuado os funcionários diplomático em Mossul, apesar das ameaças que recaíam sobre eles.
As autoridades turcas indicaram hoje que foram iniciadas negociações para tentar alcançar a libertação destes cidadãos que, segundo Ancara, estão de boa saúde.
"Estão a ser feitos grandes esforços. Estamos a fazer o máximo", afirmou hoje, em declarações à comunicação social, o Presidente turco Abdullah Gul.
Por seu lado, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, referiu hoje que os serviços governamentais turcos estão a fazer "intensos esforços", denunciando ainda a incapacidade das autoridades de Bagdad em garantir a segurança do pessoal diplomático turco em Mossul.
Lusa