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Vigiar fundador do WikiLeaks custa 11 mil euros por dia ao Estado britânico

A vigilância policial do fundador do portal WikiLeaks Julian Assange, refugiado há dois anos na embaixada do Equador em Londres, custa cerca de 11 mil euros por dia ao contribuinte britânico,  segundo dados da polícia britânica.

Fundador do portal WikiLeaks Julian Assange na embaixada do Equador, em Londres, onde se refugia há dois anos. (Reuters/Arquivo)
© Chris Helgren / Reuters

Entre 19 de junho de 2012, dia em que Assange pediu asilo político na  embaixada do Equador na capital britânica, e maio último, a vigilância do  jornalista e ciberativista australiano custou 6,4 milhões de libras (cerca  de oito milhões de euros), indicaram os mesmos dados da Scotland Yard, citados  pela agência noticiosa francesa AFP. 

O valor engloba os salários dos polícias, incluindo o pagamento de horas  extras, mas também veículos, instalações e equipamentos informáticos. 

Ao longo dos últimos dois anos, a polícia britânica tem sido uma presença  permanente no exterior da representação diplomática equatoriana, localizada  nas imediações dos luxuosos armazéns londrinos Harrods. 

Por "motivos de segurança", a Scotland Yard recusa divulgar quantos  agentes estão envolvidos na vigilância de Assange, que ficou mundialmente  conhecido por ter divulgado no portal WikiLeaks milhares de documentos secretos,  nomeadamente da diplomacia norte-americana. 

Se Julian Assange, de 42 anos, sair da embaixada equatoriana, será imediatamente  detido e extraditado para a Suécia. 

As autoridades suecas requerem a extradição do jornalista australiano,  para que este possa responder sobre alegadas agressões sexuais cometidas  em agosto de 2010 contra duas mulheres, acusações que Assange nega. 

"Continuamos sempre a contar com o Equador para ajudar a terminar com  a residência dispendiosa e difícil de Assange", declarou, na quarta-feira,  um porta-voz governamental britânico. 

O Presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou, na terça-feira, que  Assange beneficiará da proteção das autoridades equatorianas durante o tempo  que desejar e que o jornalista poderá permanecer na embaixada "enquanto  for necessário". 

 

Lusa