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Atentado suicida no Iraque foi realizado por australiano de 18 anos 

Um dos atentados realizados em Bagdad na semana  passada teve como autor um australiano de 18 anos, morto na explosão da  bomba que transportava, indicaram hoje as autoridades australianas, que  classificaram esta informação como inquietante. 

(Reuters)
© STRINGER Iraq / Reuters

George Brandis, o procurador-geral australiano, confirmou que o autor  de um atentado suicida em Bagdade, perpetrado dia 17, é um cidadão australiano.

Segundo a imprensa australiana, o jovem foi batizado como Abu Bakr al-Australi  pelo Estado Islâmico (EI), um grupo jihadista sunita que se ocupou de vastas  extensões de território iraquiano após uma forte ofensiva lançada no passado  mês de junho. 

Al-Australi tinha abandonado Melbourne em 2013, dirigindo-se à região iraquiana tomada pela violência. 

"É um desenvolvimento inquietante e um novo exemplo da perigosa e volátil  situação que se vive de momento no Iraque", declarou o procurador-geral  australiano num comunicado. 

"O governo deplora os atos violentos realizados pelo EI e outros grupos  extremistas no Iraque e na Síria, e a implicação de cidadãos australianos  nas suas atividades é profundamente inquietante", adicionou Brandis. 

No comunicado acrescenta-se que este foi o segundo australiano autor  de um atentado suicida no Iraque ou na Síria, sem revelar mais detalhes.

Em junho, a ministra dos negócios estrangeiros australiana, Julie Bishop,  estimou que perto de 150 australianos dotados de dupla nacionalidade participam  em combates e atos terroristas com os rebeldes sunitas. 

Para Brandis "a participação de australianos nos conflitos na Síria  e no Iraque posa um verdadeiro problema de segurança interior, pois os implicados  nestes combates podem voltar ao país trazendo com eles a violência de lá".

Na Europa os representantes de nove países adotaram em julho deste ano  um plano de ação para identificar jovens europeus que decidam participar  em combates na Síria e impedi-los de viajar para o país, sendo que os meios  para a realização do plano se mantêm confidenciais. 

O objetivo desta medida europeia é identificar jovens que se prestem  a participar nos combates na Síria, de os sinalizar a outros países da união  europeia, tornar a sua partida difícil, segui-los após o seu regresso e  eventualmente detê-los.

Lusa