O documento, que não é público, e começará a ser discutido pelas representações permanentes dos 28 Estados-membros em Bruxelas ainda hoje, resulta do mandato que os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia deram, na passada terça-feira, à Comissão e ao Serviço Europeu de Ação Externa, para apresentarem uma proposta com possíveis sanções dirigidas à Rússia, agora também ao nível económico.
Nesse mandato, o Conselho pedia a Bruxelas propostas em áreas como o acesso aos mercados de capitais, defesa e tecnologias sensíveis, incluindo no setor da energia.
O executivo comunitário escusou-se hoje a adiantar o teor das propostas que apresentou ao Conselho, com porta-vozes da Comissão a sublinharem por diversas vezes que cabe agora aos Estados-membros decidirem como proceder, apontando que o executivo comunitário está preparado para dar seguimento formal às sanções através das propostas legislativas necessárias em todas as áreas identificadas, se for esse o entendimento dos Estados-membros.
Os chefes de diplomacia da UE decidiram pedir à Comissão que apresentasse propostas de sanções a Moscovo na reunião ministerial realizada na passada terça-feira, poucos dias após a queda de um avião comercial da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, alegadamente abatido por separatistas pró-russos