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Diplomacia europeia discute hoje crises no Iraque, Ucrânia e Faixa de Gaza

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) vão reunir-se hoje, em Bruxelas para debater as crises no Iraque, na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

O ministro dos negócios estrangeiros da Dinamarca, Martin Lidegaard, conversa com o chanceler Laurent Fabius da França durante a reunião de Conselho da UE, em Bruxelas
© Laurent Dubrule / Reuters

A alta representante da UE para a Política Externa e de Segurança, a  britânica Catherine Ashton, acedeu a realizar a reunião extraordinária sobre  o Iraque que França e Itália pediam há vários dias, para discutir a intervenção  europeia face à ofensiva dos extremistas do Estado Islâmico.   

Na terça-feira, os embaixadores da UE reuniram-se para estruturar as  ações no Iraque, na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Sobre o Iraque, acordaram  "reforçar a coordenação humanitária e o acesso aos deslocados internos",  deixando, porém, aos Estados-membros a decisão de armarem, ou não, os combatentes  curdos que tentam travar a ofensiva do Estado Islâmico no Norte do país.

A entrega de armas aos curdos está a suscitar divergências entre Estados-membros,  nomeadamente entre a França, que a defende, e a Suécia, que se opõe. 

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, que participará  na reunião em Bruxelas, marcada para as 12:00 de hoje, já disse estar "particularmente  preocupado com a evolução" da situação no Iraque, afetado por "uma catástrofe  humana de grandes dimensões".  

Portugal apoia "os esforços da comunidade internacional, nos quais a  União Europeia participa ativamente, para que se possa aliviar, na medida  do possível, o sofrimento das populações que têm sido atingidas por estas  atrocidades e atos de terrorismo", disse. 

O ministro salientou também que o Governo português apoia "as ações  das autoridades iraquianas e norte-americanas e ainda de outros parceiros  internacionais no sentido de deter o avanço das forças do grupo Estado Islâmico".

Porém, advertiu Machete, "é bom não ter ilusões: só um diálogo político  abrangente, com vista a uma reconciliação nacional, permitirá melhorar significativamente  a situação" no país. "Isto significa que só a via política permitirá alcançar  uma paz duradoura no Iraque", defendeu. 

 Lusa