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Pyongyang refere EUA como "cemitério dos direitos humanos" ao comentar distúrbios em Ferguson

A Coreia do Norte comentou os distúrbios no Missouri, afirmando que os Estados Unidos são o "cemitério dos direitos humanos" e que aquele país devia meter-se na sua vida em vez de criticar os outros.

2012 - O filho do falecido líder norte- coreano Kim Jong-il, Kim Jong-un, é eleito primeiro secretário do Partido dos Trabalhadores da Coreia (comunista), assumindo formalmente um dos cargos do pai
© KCNA KCNA / Reuters

Um jovem negro de 18 anos foi morto a 09 de agosto, abatido por um polícia  caucasiano no subúrbio norte-americano de Ferguson, na cidade de Saint Louis,  estado do Missouri. 

O incidente deu a países como a China, Irão e Rússia "armas" para atacar  os Estados Unidos.  

A Coreia do Norte, que é regularmente condenada por Washington por alegados  abusos dos direitos humanos, disse que os Estados Unidos não tinham direito  a julgar os outros. 

"Os Estados Unidos são, de facto, um país desenfreadamente violador  dos direitos humanos, onde as pessoas são vítimas de discriminação e humilhação  devido à sua raça, e onde estão sob constante medo de levar um tiro a qualquer  momento", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia  do Norte, citado pela agência de notícias norte-coreana KCNA. 

"Não deveriam procurar soluções para os seus problemas ao reprimir manifestantes,  mas trazer à luz do dia a verdadeira imagem da sociedade norte-americana,  um cemitério dos direitos humanos, e ter uma perceção correta do que são  os verdadeiros direitos humanos e como devem ser garantidos", disse o porta-voz.

Estima-se que a Coreia do Norte tenha 120.000 presos políticos nos seus  'gulags', e que os residentes que fogem do país são enviados para a prisão  ou executados. 

"Os Estados Unidos faziam melhor se cuidassem dos seus próprios assuntos,  em vez de interferirem com as questões internas de outros países", disse  o porta-voz.