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Ban Ki Moon pede libertação imediata e sem condições dos capacetes azuis

O secretário-geral das Nações Unidas condenou a detenção dos 43 capacetes azuis das Fiji nos Montes Golã. Ban Ki Moon apelou à libertação imediata e sem condições dos membros da missão de paz da ONU.

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Um grupo de 43 "capacetes azuis"  foi  capturado quinta-feira por um grupo armado no lado sírio dos montes Golã. 

Os "capacetes azuis", elementos da força de paz responsável pela monitorização  do cessar-fogo entre Israel e a Síria nos montes Golã, foram capturados  depois de intensos combates entre o exército sírio e grupos armados sírios  da oposição, precisou o porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric,  citado pela agência francesa AFP. 

"Quarenta e três 'capacetes azuis' da Força das Nações Unidas de Observação  da Separação (UNDOF) foram detidos hoje cedo por um grupo armado nas imediações  da cidade de Quneitra  1/8que liga a parte síria dos montes Golã à zona ocupada  por Israel 3/8", referiu um comunicado da organização. 

Além deste grupo de 43 militares, outros 81 "capacetes azuis" estão  "neste momento impedidos de sair das suas posições" perto de outras duas  localidades dos montes Golã, acrescentou a mesma nota informativa. 

 "A ONU está a fazer todos os esforços necessários para garantir a libertação  dos 'capacetes azuis' detidos e para restaurar a liberdade de circulação  dos membros da força em toda a área de atuação", garantiu Stéphane Dujarric

Não foram reveladas as nacionalidades dos "capacetes azuis" capturados,  mas a missão de paz com 1.200 elementos conta com a participação de seis  países: ilhas Fiji, Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas.  

Na quarta-feira, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou  que a Frente Al-Nosra, o ramo sírio da rede terrorista Al-Qaida, e grupos  rebeldes tinham assumido o controlo da passagem de Quneitra. 

"A Frente Al-Nosra e outros grupos rebeldes tomaram a passagem de Quneitra  e os combates com o exército sírio continuam na zona", disse então Rami  Abdel Rahmane, diretor da organização não-governamental OSDH, com sede em  Londres.  

Esta passagem, único ponto de contacto entre Israel e a Síria, já tinha  caído nas mãos dos rebeldes em junho do ano passado, mas acabou por ser  reconquistada pelo exército sírio.  

 Esta passagem é sobretudo usado por habitantes drusos da parte dos Golã  ocupada por Israel, para irem estudar, trabalhar ou casar na Síria.  

Israel está oficialmente em guerra com a Síria e ocupa, desde 1967,  cerca de 1.200 quilómetros quadrados do planalto dos Golã, que anexou, numa  decisão que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional. Perto de  510 quilómetros quadrados estão sob controlo sírio.  

  Com Lusa