"Apenas com 17 anos, Malala inspirou pessoas no mundo inteiro", sublinhou o presidente norte-americano, ele próprio laureado com o Prémio Nobel da Paz, num comunicado hoje divulgado.
Obama precisou que recebeu a jovam na Casa Branca, em outubro de 2013.
Ao escolher as duas personalidades, o Comité Nobel lembra urgente necessidade "de proteger os direitos e as liberdade de todos os jovens", concluiu Obama.
Malala Yousafzai, hoje laureada com o Nobel da Paz, disse que ficou "honrada" em ser a primeira paquistanesa e a pessoa mais jovem a receber este prémio, dedicando o galardão às "crianças sem voz" no mundo.
Malala Yousafzai lançou um desafio aos líderes da Índia e do Paquistão, duas potências nucleares que já travaram três guerras desde a sua independência em agosto de 1947. Dois dos conflitos foram desencadeados pela questão de Caxemira, uma região dividida em duas, mas que é reivindicada na totalidade pelos dois países.
"Peço ao honorável primeiro-ministro (indiano) Narendra Modi e ao honorável primeiro-ministro (paquistanês) Nawaz Sharif que se juntem a nós" durante a cerimónia de entrega do prémio em Oslo, Noruega, a 10 de dezembro, disse a adolescente.
A 9 de outubro de 2012, Malala Yousafzai sobreviveu a um ataque de talibãs paquistaneses, que a balearam na cabeça.
Após ser operada no Paquistão, a jovem foi levada para o Reino Unido para receber tratamento, onde permanece para continuar a sua educação em segurança.
A 10 de outubro de 2013, a adolescente foi distinguida com o Prémio Sakharov para a liberdade de pensamento, um galardão atribuído pelo Parlamento Europeu que reconhece personalidades que lutam contra a intolerância, o fanatismo e a opressão.
A adolescente escreveu a autobiografia "I Am Malala" ("Eu Malala", em português), que está publicado em Portugal.
Lusa