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Colegas e familiares de jovens desaparecidos no México exigem que estudantes apareçam vivos

Professores, estudantes e familiares dos 43 jovens desaparecidos há 17 dias ocuparam esta segunda-feira a sede do Governo e do congresso do Estado de Guerrero, sul do México, em protesto pela lentidão das investigações e exigindo que apareçam com vida.

Os manifestantes exigem o regresso dos 43 estudantes que desapareceram em 26 de setembro na cidade de Iguala, após uma noite de violência em que foram mortas seis pessoas pela polícia local, em presumível conluio com o cartel do narcotráfico 'Guerreros Unidos'.
© Jorge Lopez / Reuters

Pelas 11:00 locais (17:00 em Lisboa), cerca de 600 alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, acompanhados por vários familiares, ocuparam o palácio do Governo, situado em Chilpancingo, capital de Guerrero.

O edifício foi totalmente rodeado, os funcionários impedidos de sair ou de entrar, com os estudantes a exigirem ser recebidos pelo governador Ángel Aguirre e a prometerem permanecer no local até que os seus companheiros apareçam com vida.

Em paralelo, cerca de 100 professores da Coordenadora estatal de trabalhadores da educação de Guerrero (Ceteg) também ocuparam esta manhã o edifício do Congresso estatal para tentar abordar os deputados sobre os desaparecimentos.

Alunos das designadas "escolas normais" do Estado de Michoacán (dedicadas à formação de professores nas áreas rurais mais isoladas), apoderaram-se de 23 autocarros privados desde quinta-feira para viajar em direção a Guerrero e apoiar os protestos dos seus companheiros.

Os manifestantes exigem o regresso dos 43 estudantes que desapareceram em 26 de setembro na cidade de Iguala, após uma noite de violência em que foram mortas seis pessoas pela polícia local, em presumível conluio com o cartel do narcotráfico 'Guerreros Unidos'.

Este caso, que está a originar uma convulsão política interna e inúmeros protestos internacionais, incluindo do governo dos Estados Unidos, já implicou de detenção de 40 suspeitos, na maioria polícias, enquanto continuam a ser analisadas diversas valas comuns clandestinas para determinar se correspondem aos estudantes desaparecidos.

 

 

 

 

 

Lusa