"As tropas estão a retirar, o equipamento pesado deve ainda ser retirado e a fronteira deve ser controlada e patrulhada", declarou Kerry, um dia depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado a retirada das tropas russas destacadas para a fronteira com a Ucrânia.
A retirada militar russa de território ucraniano era um de vários passos exigidos pela comunidade internacional para levantar as sanções económicas impostas a Moscovo.
"Há quatro ou cinco requisitos principais para o levantamento das sanções: libertação de reféns, libertação de todos os prisioneiros, é um deles; a retirada de todas as forças militares e equipamento é outra", enumerou Kerry.
Lavrov tentou convencer Kerry da sua opinião, de que as duras sanções do Ocidente à Rússia estão a destruir a esperança de uma recuperação económica da Europa e a pressionar as relações de Washington com Bruxelas.
"Não sabemos quem está a perder mais, em termos económicos: a Rússia ou a União Europeia", disse Lavrov, pouco antes de viajar para Paris.
Putin, que deverá reunir-se com o homólogo ucraniano, Piotr Poroshenko, na sexta-feira em Milão, deu uma ajuda a Lavrov ao mandar retirar da fronteira ucraniana 17.600 soldados que aí tinha estacionado quando as forças de Kiev estavam a fazer os maiores avanços, no passado verão.
As sanções cortaram o acesso da Rússia aos mercados financeiros ocidentais e obrigaram as suas maiores empresas estatais a pedir grandes resgates que limitarão ainda mais a capacidade do Governo para cumprir os seus compromissos sociais.
O bloqueio económico ocidental ameaça também mergulhar a Rússia numa recessão e manter o crescimento económico em níveis anémicos durante os restantes quatro anos do terceiro mandato de Putin.
LUSA