Autor do sequestro disse estar "sincronizado" com os irmãos Kouachi
Amedy Coulibaly, o homem que manteve diversos reféns num supermercado de Paris afirmou a uma televisão francesa, antes da sua morte, ter "sincronizado" a ação com os irmãos Kouachi, os dois 'jihadistas' acusados do ataque ao Charlie Hebdo.
© Gonzalo Fuentes / Reuters
Numa declaração à cadeia televisiva de notícias BFMTV, Coulibaly reivindicou a sua filiação no grupo Estado Islâmico. Em declarações separadas à mesma televisão, Chérif Kouachi, um dos irmãos acusados do ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo na manhã de quarta-feira, afirmou por sua vez ter sido enviado para França e financiado pela Al-Qaida no Iémen.
Para além do autor do sequestro, pelo menos três pessoas foram mortas numa loja 'kosher' (judaica) do leste de Paris, numa tomada de reféns. Durante o sequestro de 13 horas no "Hyper Cacher", na Porta de Vincennes (leste de Paris), a polícia divulgou a identificação de dois suspeitos: um homem de 32 anos, Amedy Coulibaly, e uma mulher de 26, Hayat Boumedienne.
Além dos mortos, quatro reféns ficaram gravemente feridos, segundo fonte dos serviços de segurança citada pela France Presse.
A polícia francesa lançou o assalto ao supermercado 'kosher' da Porta de Vincennes, no leste de Paris, minutos depois das 17:00 locais (16:00 em Lisboa).
Nas imagens do assalto policial transmitidas pela televisão France 2 viu-se a libertação de uma dezena de reféns, incluindo um bebé de colo.
O assalto ao supermercado 'kosher' (judaico) foi lançado pouco depois do assalto à gráfica em Dammartin-en-Goële onde estavam barricados os dois suspeitos do ataque de quarta-feira na redação do jornal satírico Charlie Hebdo, ataque que fez 12 mortos.
Os dois suspeitos, os irmãos Said e Chérif Kouachi, foram mortos.
Lusa