O decreto presidencial alega a existência de "circunstâncias extraordinárias que afetam a ordem socioeconómica e a paz social" local e que visa "garantir a toda a população o gozo pleno e exercício dos direitos".
A 19 de agosto último o Governo venezuelano encerrou, por 72 horas, as passagens fronteiriças do Estado Táchira, com a vizinha Colômbia, após uma emboscada de alegados contrabandistas a militares venezuelanos.
Cinco dias depois, as autoridades venezuelanas decretaram o estado de emergência em seis municípios fronteiriços com a Colômbia, justificando a medida com as mesmas razões: combate a grupos paramilitares, ao narcotráfico e ao contrabando.
A medida foi decretada por 60 dias prorrogáveis e depois ampliada a 20 municípios, abrangendo também os Estados venezuelanos de Zúlia e Apure.
Desde o encerramento da fronteira, pelo menos 1.355 colombianos foram repatriados e mais de quinze mil abandonaram a Venezuela voluntariamente, segundo fontes não oficiais.
O encerramento tem gerado preocupação em organismos internacionais como a União de Nações da América do Sul (Unasul) e a União Europeia.
Lusa