"Agradeço a confiança depositada em mim e no grupo parlamentar do PSOE pelo chefe de Estado [Felipe VI] e anuncio solenemente que vamos assumir essa responsabilidade e vamos tentar formar governo", disse Sánchez numa conferência de imprensa no Congresso dos Deputados (parlamento espanhol).
Para Sánchez, o PSOE "assume a sua responsabilidade para com Espanha, para que os espanhóis tenham um governo após mais de 40 dias decorridos desde as eleições gerais [a 20 de dezembro]".
O PSOE conseguiu 90 deputados nas eleições gerais, atrás dos 123 do PP de Mariano Rajoy, pelo que terá de fazer acordos com mais de um partido. O Podemos (69 deputados) já lhe propôs formar um governo de coligação (juntamente com os comunistas da Izquierda Unida), mas ainda assim Pedro Sánchez e o PSOE precisariam de apoios adicionais para contrariar o mais que certo voto contra do PP.
O PSOE pretende governar sozinho, mas contando com apoios parlamentares à esquerda (Podemos e Izquierda Unida, entre outros) e à direita (Ciudadanos, centro-direita). No entanto, o Podemos rejeita entrar num Governo com o Ciudadanos, e o Ciudadanos (40 deputados) rejeita apoiar o Podemos.
Sánchez acrescentou que vai iniciar de imediato as negociações para tentar formar governo, mas respeitando sempre a soberania de Espanha. O Podemos defendeu e tem defendido um referendo sobre a independência na Catalunha. Outras forças, nomeadamente as catalãs, defendem a resolução rumo a uma declaração de soberania adotada pelo parlamento catalão.
Lusa