Segundo explicou o ministro dos Transportes chinês, Yang Chuantang, especialistas e membros do setor estão a debater o estabelecimento de novas regulações, visando uma "profissionalização" dos serviços móveis, que inclui ainda empresas chinesas, como o Didi Kuaidi.
"Novos produtos chegaram progressivamente a cidades onde a relação entre a oferta e a procura não é equilibrada, causando instabilidade no mercado", explicou Yang, numa conferência de imprensa à margem da sessão anual da Assembleia Nacional Popular, o órgão legislativo chinês.
"Isto exige administração e reformas institucionais", realçou.
O responsável chinês lembrou que o conflito entre os táxis tradicionais e os novos aplicativos não é exclusivo da China, citando os protestos levados a cabo por taxistas em Madrid e Paris, e assinalou que algumas práticas "não são viáveis a longo prazo".
"Os subsídios atribuídos a passageiros e condutores, por parte de empresas de transporte, procuram aumentar a sua quota de mercado a curto prazo e são competitivamente injustos para os táxis", disse.
Os atritos entre os serviços móveis e os operadores de táxis convencionais provocaram já a proibição daqueles aplicativos em algumas cidades chinesas e investigações por alegada prática de concorrência desleal.
No entanto, os serviços de transporte online continuam a expandir-se no gigante asiático, acompanhando o rápido aumento do número de internautas no país - 688 milhões.
O ministro chinês instou ainda os táxis a adaptarem-se à nova era criada pela internet, que abriu espaço para "serviços diversificados", para que haja lugar para novos competidores, permitindo "ao mercado ditar os preços".
Lusa