Das quatro crianças utilizadas em ataque em 2014, passaram a 44 no ano seguinte, e mais de 75% são raparigas, revelam os dados compilados pela Unicef na Nigéria, nos Camarões, no Chade e no Níger, apresentados no relatório "Beyond Chibok - Para lá de Chibok".
"Sejamos claros: estas crianças são vítimas, não são autores de crimes," sublinha Manuel Fontain, diretor regional da Unicef para a África Central e Ocidental. "Ludibriar crianças e forçá-las a praticar atos mortais tem sido um dos aspetos mais aterradores da violência na Nigéria e nos países vizinhos", lamenta.
Desde janeiro de 2014, foram registados no norte dos Camarões numerosos atentados suicidas, 21 cometidos por crianças. Na Nigéria as crianças foram usadas em 17 ataques e no Chade em 2.