No processo de seleção participam as Nações Unidas, mas também, pela primeira vez, várias organizações não-governamentais e entidades da sociedade civil vão estar presentes para colocar questões e entrevistar os candidatos.
Cada candidato vai dispor de duas horas para expor as suas propostas aos representantes da ONU e às distintas organizações não-governamentais e depois daquele encontro também poderá falar com os órgãos de comunicação social.
Esta é a primeira vez que a ONU vai realizar a seleção do secretário-geral com candidaturas públicas, que vão ser avaliadas pela sociedade civil.
Os candidatos já remeteram à Assembleia-geral breves prestações por escrito das suas ideias, onde se incluem propostas para reformar o funcionamento das Nações Unidas e adaptá-la às realidades do século XXI.
A Assembleia é o órgão que deverá eleger no outono o próximo secretário-geral da ONU, apesar de tradicionalmente o processo ser controlado pelas potências do Conselho de Segurança, que recomendam um candidato.
Habitualmente, e seguindo uma norma não escrita, o cargo tem rodado entre diversas regiões, e teoricamente corresponderia nesta ocasião à Europa de Leste.
No entanto, sublinhou na agência noticiosa Efe, as numerosas novidades introduzidas para melhorar a transparência e democratizar a eleição, as expetativas "estão por agora cristalizadas" em António Guterres e Helen Clark.