"Tem de haver responsabilização por estes crimes", afirmou Ban Ki-moon num comunicado.
"Os ataques que visam civis são violações indesculpáveis das leis humanitárias", acrescentou.
O secretário-geral das Nações Unidas referia-se ao bombardeamento de quarta-feira do hospital Al-Quds, na zona leste de Alepo, que fez 30 mortos, muitos deles civis, mas também médicos e enfermeiros, segundo uma organização de defesa civil local.
Mas Ban Ki-moon referia-se também a "recentes bombardeamentos cegos das forças governamentais e de grupos da oposição e táticas terroristas exercidas por extremistas".
O responsável internacional pediu às partes em conflito para "se empenharem imediatamente na cessação das hostilidades" e a Grupo Internacional para a Síria, em particular aos países que lhe copresidem -- Estados Unidos e Rússia -- para pressionarem para "pôr fim aos combates e garantir investigações credíveis a incidentes como o ataque ao hospital Al-Quds".
Só na última semana, cerca de 200 pessoas morreram em Alepo e, hoje, 53 civis.
As forças do regime de Bashar al-Assad têm em curso uma ofensiva para recuperar o controlo da cidade, grande parte da qual está nas mãos da oposição armada há quatro anos.
Para o Comité Internacional da Cruz Vermelha, Alepo está "à beira de um desastre humanitário".
"Onde quer que se vá, ouvem-se explosões, bombardeamentos e o voo dos aviões. Os habitantes vivem no fio da navalha. Todos temem pela vida e ninguém sabe o que vai acontecer", explicou o representante do CICV na cidade, Valter Gros.
Lusa