"Que ninguém cometa o erro de fazer um golpe contra ti, mas tu também não o podes fazer. É o teu dever. Tens o imperativo de decência pública de realizar o referendo revogatório em 2016, porque, quando a política está polarizada, a decisão deve ser do povo, que é o que a Constituição diz", refere, em comunicado, Luis Almagro.
No texto, Luis Almagro considera que negar a consulta ao povo e a sua possibilidade de decidir vai transformar Nicolas Maduro em "mais um ditador".
Na terça-feira, Nicolas Maduro acusou Luis Almagro de ser um "agente da CIA" e de apoiar a campanha da oposição venezuelana para a realização do referendo.
"Não sou agente da CIA. E a tua mentira, apesar de repetida mil vezes, nunca será verdade", salientou o secretário-geral da OEA.
"Não sou traidor de ideias, nem de princípios (...) Mas tu és, presidente, atraiçoas o teu povo e a tua suposta ideologia, és traidor da ética política com as tuas mentiras e traições ao princípio mais sagrado da política, que é submeteres-te ao escrutínio do teu povo", sublinhou.
Luis Almagro instou Nicolas Maduro a "devolver a justiça ao povo", à Assembleia Nacional o seu "legítimo poder" e ao "povo a decisão sobre o seu futuro".
A oposição venezuelana, com maioria no parlamento desde janeiro, quer convocar um referendo para revogar o mandato de Nicolas Maduro ainda este ano.
Lusa