Seguem os principais eventos desta crise ao longo dos últimos meses no país que é o maior produtor de petróleo da América do Sul:
2016:
5 de janeiro - A oposição assumiu o controlo da Assembleia Nacional pela primeira vez em 16 anos. Prometeu retirar Nicolás Maduro do cargo e resgatar a Venezuela do caos económico, impulsionado pela queda do preço do petróleo.
15 de janeiro - Nicolás Maduro decretou o estado de "emergência económica" durante 60 dias. A medida permitiu ao Governo confiscar ativos de empresas privadas para obter alimentos e bens essenciais.
18 de fevereiro - O Presidente da Venezuela aumentou o preço da gasolina de 0,01 para 0,60 cêntimos de dólar por litro, desvalorizou o bolívar e aumentou o salário mínimo.
1 de março - O supremo tribunal aprovou uma lei para limitar os poderes da Assembleia Nacional, retirando-lhe a supervisão das autoridades judiciais, eleitorais e civis.
8 de março - A oposição apresentou uma proposta para a realização de um referendo revogatório. Caso seja realizado a 10 de janeiro e Nicolás Maduro saia perdedor, novas eleições são realizadas. Se o referendo for feito depois de 10 de janeiro, o chefe de Estado pode passar o poder ao vice-presidente.
26 de abril - Nicolás Maduro diminuiu a semana de trabalho para dois dias.
3 de maio - A oposição apresentou 1,85 milhões de assinaturas a pedir a realização de um referendo com um número dez vezes superior ao necessário para seguir para a próxima etapa.
14 de maio - Nicolás Maduro declarou estado de emergência durante três meses para fazer face a "ameaças externas".
4 de junho - A polícia deteve centenas de pessoas por surtos e pilhagens na cidade de Cumaná.
13 de junho - Aliados de Maduro pediram ao Supremo Tribunal para bloquear a iniciativa de referendo, alegando fraude na recolha de assinaturas.
13 de julho - O Presidente da Venezuela entregou o controlo dos principais portos do país aos militares.
1 de agosto - O Conselho Nacional de Eleições confirmou que são necessárias 200.000 assinaturas para prosseguir com o pedido de referendo, mas não estabelece uma data para a petição necessária para convocar o referendo.
2 de agosto - O Conselho Nacional de Eleições fixou o final de outubro como data para entrega da petição para marcar referendo, tornando quase impossível a realização da consulta antes de 10 de janeiro.
12 de agosto - Um tribunal confirmou a sentença de 14 anos de prisão do líder da oposição, Leopoldo Lopez, apesar dos apelos.
1 de setembro - Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se em Caracas exigindo a rápida realização de um referendo. Os apoiantes de Nicolás Maduro realizaram uma contramanifestação.
A oposição da Venezuela apela para a realização de uma nova manifestação a 7 de setembro.
Lusa