Nestes exercícios, que se entendem como uma exibição de força perante Pyongyang e se realizam simultaneamente no Mar Amarelo e no Mar do Japão, participa Ronald Reagan, um porta-aviões norte-americano de propulsão nuclear da classe Nimitz, precisou o exército sul-coreano, em comunicado.
"O exercício Espírito invencível pretende mostrar o compromisso dos aliados para responder às incansáveis provocações do Norte e melhorar a sua interoperabilidade marítima", explica o texto.
Além do Ronald Reagan, os aliados preveem mobilizar dezenas de navios e submarinos que incluem contratorpedeiros de tipo Ticonderoga, equipados com sistemas de mísseis de cruzeiro Aegis, além de aviões de vigilância marítima P-3 e P-8, helicópteros Apache ou caças FA-18C.
O exercício pretende simular o ataque a comandos especiais norte-coreanos integrados com submarinos e aeronaves que estariam a tentar infiltrar-se nas águas da Coreia do Sul.
As duas Coreias mantêm-se tecnicamente em guerra, apesar de o conflito entre ambas (1950-1953) ter terminado com um cessar-fogo, e os Estados Unidos, que lideraram a coligação da ONU que participou no conflito para defender o Governo de Seul, mantêm no solo sul-coreano 28.500 efetivos como meio de dissuasão.
As manobras acontecem num momento de particular tensão já que o Norte, que denuncia que estes exercícios não são defensivos mas sim um ensaio para invadir o seu território, pode realizar um novo teste de armamento, coincidindo com o 71.º aniversário do Partido dos Trabalhadores, que se celebra hoje.
O regime de Kim Jong-un tem por hábito realizar testes perto de datas importantes do seu calendário, como foi o caso do último ensaio nuclear, no passado dia 9 de setembro, dia do aniversário da fundação nacional.
Nos últimos três dias, imagens captadas por satélite revelam um aumento da atividade nas bases de lançamento de mísseis e de provas nucleares do país.
Lusa