Publicada na revista Science, a investigação conclui que o corpo humano começa a adaptar-se a ambientes de elevada altitude numa questão de horas, e que as alterações biológicas produzidas podem durar meses, mesmo quando o indivíduo já está numa altitude mais baixa.
Pela primeira vez, os cientistas que estudam o sangue de atletas de escalada observaram como é que múltiplas alterações afetam a capacidade das células de reter oxigénio em ambientes rarefeitos. No acampamento-base do Monte Evereste, no Nepal, por exemplo, a atmosfera contém apenas 53 por cento de oxigéneo ao nível do mar.
"Provamos pela primeira vez provas de que as adaptações metabólicas das células vermelhas começam a ocorrer horas depois da exposição a elevada altitude", sustentam os investigadores.
A conclusão significa que mesmo que um indivíduo não nasça com as mesmas variações genéticas que asseguram a sobrevivência dos 140 milhões de pessoas que vivem permanentemente em elevadas altitudes, o corpo humano tem a capacidade de adaptação rápida a estes ambientes.