"Estamos aptos a confirmar que o Equador cortou a ligação à Internet de Assange sábado às 17h00 GMT, pouco depois da publicação dos discursos de Hillary Clinton para a Goldman Sachs", publicou hoje a conta do Twitter da WikiLeaks.
Ontem a organização acusava "um Estado" de ser o responsável por esse corte, sem adiantar qual país seria.
Hoje publica vários "posts" em que afirma ainda que o senador John Kerry teve um encontro secreto com o Equador na Colômbia, à margem das negociações de paz com as FARC, a 26 de Setembro, em que fez o pedido para que Assange fosse impedido de publicar mais documentos sobre Clinton.
A WikiLeaks tem estado a divulgar documentos sobre Hillary Clinton e o Comité Democrata Nacional (DNC), em plena campanha para as eleições presidenciais norte-americanas. Os últimos que divulgou dizem respeito a mails do conselheiro de Clinton, John Podesta, e três discursos da senadora pagos pela Goldman Sachs.
A desconfiança sobre quem tem conseguido tais documentos para a WikiLeaks tem recaído sobre piratas informáticos russos, mas a ligação ainda não foi estabelecida.
Julian Assange está exilado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para evitar a extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes de natureza sexual. Assange receia ser entregue aos Estados Unidos, que o querem julgar pela revelação de informações confidenciais.
O Wikileaks tem divulgado milhares de documentos, entre os quais arquivos sobre a prisão de Guantánamo, as guerras do Iraque e do Afeganistão e documentos diplomáticos dos Estados Unidos.