A União Africana pretende juntar todas as partes líbias interessadas o mais rapidamente possível "para permitir o seu envolvimento num diálogo franco e direto", disse o presidente do Chade, acrescentando que "não há uma solução militar para a crise da Líbia e isso deve ser entendido por todos os interessados".
Para Idris Deby, citado pela agência AP, "a África hoje é afetada pelas consequências desastrosas da crise líbia" e "a situação no país é muito complicada, pois há uma falta de homogeneidade entre os dois campos [em guerra], cada um com uma multidão de atores políticos e militares".
Os líderes do Chade, Congo, Etiópia, Níger, África do Sul, Sudão e Uganda querem discutir como é que a iniciativa poderá ajudar a resolver a crise na Líbia.
O grupo de países da União Africana que está a discutir a situação na Líbia é apoiado pelas Nações Unidas.
Por seu lado, a presidente da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, lembrou aos líderes africanos que 2,4 milhões de líbios precisam de ajuda humanitária, incluindo 350 mil deslocados no interior do país.
"A situação económica na Líbia é igualmente terrível, com a destruição das infraestruturas, levando a uma produção de petróleo perigosamente baixa. Esta situação não pode continuar", disse ela, também citada pela AP.
A Líbia vive uma situação de guerra civil desde que em 2011 várias milícias tentam assegurar a condução do país, depois do derrube e execução do ex-presidente e ditador Muammar Kadafi.
Lusa