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Madrid espera posição judicial para extraditar "cérebro financeiro" da Lava Jato

O Governo espanhol vai esperar pela "autorização judicial" antes de decidir se permite a extradição para o Brasil de Rodrigo Taclan Duran, "cérebro financeiro" do escândalo de corrupção da empresa brasileira Petrobras detido em Madrid no fim de semana.

Madrid espera posição judicial para extraditar "cérebro financeiro" da Lava Jato
© Hoda Emam / Reuters

"Como sempre se faz para uma extradição é necessário uma autorização judicial, respeitar um procedimento judicial, e depois haverá a consequente decisão do Conselho de Ministros", disse hoje em Madrid o ministro dos Negócios estrangeiros espanhol, Alfonso Dastis.

A declaração foi feita numa conferência de imprensa ao lado do chefe da diplomacia brasileira, José Serra, que terminou hoje uma visita oficial de três dias a Espanha e que não fez qualquer comentário ao caso.

A polícia espanhola prendeu durante o fim de semana Rodrigo Taclan Duran, um advogado hispano-brasileiro de 43 anos que é o presumível "cérebro financeiro" do escândalo de corrupção da empresa brasileira Petrobras.

O advogado é procurado pelas autoridades brasileiras no âmbito da operação Lava Jato e poderá estar implicado no branqueamento de dinheiro da empresa brasileira Petrobras e no desvio de mais de 50 milhões de reais (14 milhões de euros) para vários partidos políticos.

O detido, que tem dupla nacionalidade, brasileira e espanhola, irá comparecer perante um juiz espanhol nos próximos dias, que decidirá se deve ser extraditado para o Brasil.

A justiça brasileira investiga desde 2014 na operação Lava Jato, um esquema de corrupção que envolve várias personalidades políticas, como o ex-Presidente Lula da Silva e diversos empresários.

Lusa