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Ativistas yazidi querem Daesh a responder por crime de genocídio

As duas ativistas esta terça-feira galardoadas com o Prémio Sakharov 2016 do Parlamento Europeu pediram ajuda à comunidade internacional para levar o Daesh perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) por genocídio dos yazidi, no Iraque.

Ativistas yazidi querem Daesh a responder por crime de genocídio
© Vincent Kessler / Reuters

As yazidi Nadia Murad e Lamiya Aji Bashar, que esta terça-feira receberam, em Estrasburgo, o galardão no valor de 50 mil euros, apelaram ainda ao estabelecimento de uma zona de proteção, no Iraque, paras as minorías.

"Esperamos do PE e do mundo que leve o genocidio dos yazidi perante o TPI para que se faça justiça e se peçam contas ao autoproclamado Estado Islâmico (Daesh, no acrónimo árabe)", disse Lamiya Aji Bashar, discursando perante a sessão plenaria do PE.

Por seu lado, Nadia Murad acrescentou que "a comunidade internacional tem que estabelecer uma ou mais zonas de segurança para estas minorías no Iraque, corrdenadas pelo Governo iraquiano e as autoridades do Kurdistão".

O presidente cessante do PE, Martin Schulz, apelou também a que nao fique impune o genocídio de "um dos mais antigos povos da humanidade".

A cerimónia contou com a presença de familiares das premiadas, incluindo um irmão de Lamiya, ainda criança, que estava num campo de refugiados.

O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento é atribuído anualmente pelo PE.

Lusa