O ataque aconteceu na abertura da exposição "De Kaliningrado a Kamchatka pelos olhos de viajantes". Num artigo publicado no site da agência, o fotógrafo explica que só decidiu visitar a exposição porque o evento acontecia no trajeto até sua casa. Ozbilici chegou ao evento quando Andrei Karlov discursava:
"Estava a falar baixo e, pelo que eu podia entender, sobre o amor à sua Pátria. Parecia tranquilo e modesto".
Tudo parecia normal, relata, até ao aparecimento de um homem de fato e gravata.
"Quando um homem de fato preto e gravata tirou uma pistola, fiquei chocado e pensei que fosse uma espécie de encenação. Mas na verdade foi um assassínio planeado diante dos meus olhos e em frente aos meus amigos que, assustados, se arrastavam e tentavam esconder-se depois de um homem de cabelo curto ter morto a tiros o embaixador russo", relata.
De acordo com Ozbilici, foram disparados pelo menos oito tiros na galeria de arte onde se realizava a abertura da exposição.
"Fiquei assustado e confuso, mas escondi-me atrás de uma parede e passei a fazer meu trabalho: comecei a tirar fotos"
"Precisei de uns segundos para compreender o que aconteceu, à minha frente morreu uma pessoa, cuja vida desapareceu diante dos meus olhos. Quando voltei ao meu escritório para editar as fotos, fiquei chocado ao ver que o atirador estava logo atrás do embaixador durante o seu discurso, como se fosse um amigo ou guarda-costas", recorda Ozbilici.