O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) referiu que a organização extremista, que controla esta povoação do deserto central sírio desde 11 de dezembro, colocou artefactos explosivos em diversos locais arqueológicos da povoação e arredores, como possível prelúdio a uma retirada perante o avanço do exército sírio.
Fonte militar síria destacada nessa área e contactada pela agência noticiosa Efe indicou por sua vez não possuir informações sobre a colocação de explosivos nas ruínas. Indicou ainda que o exército destruiu na terça-feira a oeste de Palmira sete veículos do Daesh que transportavam armas automáticas, e ainda um carro armadilhado.
O Daesh voltou a apoderar-se de Palmira após um ataque desencadeado a 08 de dezembro no leste da província central síria de Homs, junto à fronteira com o Iraque e onde se situa esta cidade.
O grupo jihadista já tinha assumido o controlo da povoação entre maio de 2015 e março de 2016.
Na ocasião, foram expulsos de Palmira pelo exército nacional, com o apoio da aviação russa.
Na sua primeira ocupação de Palmira, o Daesh converteu a zona de ruínas greco-romanas num campo de minas, eliminadas mais tarde por sapadores russos após a recuperação da cidade pelas forças de Damasco.
No entanto, os jihadistas dinamitaram os templos de Bel e de Bal Shamin, o Arco do Triunfo, e destruíram diversas estátuas do museu da cidade.
A arte e a arquitetura de Palmira testemunham uma encruzilhada de diversas civilizações, onde confluem as técnicas greco-romanas com as tradições locais e influências persas.
Nos séculos I e II da nossa era foi um importante centro cultural e ponto de encontro das caravanas da Rota da Seda, que atravessavam o árido deserto do centro da Síria.
Lusa