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Futuros chefes da CIA e do Pentágono emitem fortes críticas à Rússia

Os futuros responsáveis da CIA e do Pentágono assumiram esta quinta-feira, nas suas respetivas audições, fortes críticas à Rússia, que contrastam com a posição apaziguadora do Presidente eleito Donald Trump.

Futuros chefes da CIA e do Pentágono emitem fortes críticas à Rússia
© Carlos Barria / Reuters

Designado para liderar a CIA, o republicano Mike Pompeo, deputado conservador eleito pelo Estado do Kansas e membro do movimento "Tea Party" no interior do Partido Republicano, pronunciava-se na sua audição perante o Comité de inteligência do Senado, em pleno conflito entre Trump e a comunidade dos serviços de informações norte-americanos sobre as atividades da Rússia durante a eleição presidencial.

"A Rússia reafirmou a sua agressividade, invadindo e ocupando a Ucrânia, ameaçando a Europa e não fazendo nada para ajudar a derrotar o ISIS", disse Pompeo numa referência ao grupo jihadista Daesh.

Caso seja confirmado, Pompeo assume a chefia da CIA num momento que definiu como "o mais complicado contexto de ameaça que os Estados Unidos enfrentam na memória recente".

Numa audição paralela perante o Senado, o general da reforma James Mattis, que deverá tornar-se no primeiro oficial superior de carreira a dirigir o Pentágono desde a década de 1950, disse hoje acreditar que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, está a tentar "quebrar" a NATO, que garantiu a segurança dos EUA e Europa durante mais de um meio século.

Ao ser questionado no decurso da sua audição para a confirmação do cargo, Mattis definiu a Rússia como um adversário estratégico e assinalou que a história das relações EUA-Rússia é escassa em esforços bem-sucedidos e em cooperação duradoura, perspetivas que o Presidente eleito Donald Trump disse pretender assegurar.

Antigo chefe militar da NATO, Mattis acusou Putin de "estar a tentar quebrar a aliança do Atlântico Norte", e considerou que num momento em que os EUA permanecem empenhados em colaborar com a Rússia, estão a diminuir as perspetivas de cooperação.

Lusa