As negociações deverão consolidar os acordos de cessar-fogo assinados em Damasco a 30 de dezembro.
Na cidade de Alepo, a esperança é a de que o encontro permita a reconciliação entre os rebeldes e o regime do presidente Bashar al-Assad. A guerra na Síria começou em março de 2011.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, o conflito já fez mais de 300 mil mortos.
Rebeldes vão "continuar combate" se negociações em Astana fracassarem
Os rebeldes sírios vão "continuar o combate" se as negociações com os representantes de Bashar al-Assad fracassarem em Astana, declarou um porta-voz da delegação rebelde nas conversações sobre a Síria que hoje começaram em Astana.
"Se as negociações forem um êxito, somos pelas negociações. Se fracassem, infelizmente, não teremos outra escolha senão continuar o combate", advertiu Usama Abu Zeid, um porta-voz da delegação dos rebeldes, em declarações à agência noticiosa France Presse (AFP).
A posição dos rebeldes surgiu depois de terem recusado participar em negociações diretas, numa primeira sessão de conversações com o regime sírio.
Até ao momento, desconhece-se se os rebeldes vão posteriormente participar em negociações diretas com os representantes de Al-Assad, em Astana.
A sessão de abertura das negociações de Astana podia ter sido a primeira negociação direta dos grupos rebeldes armados com os representantes do regime de Bashar al-Assad desde que o conflito começou em 2011.
Os rebeldes afirmaram que as conversações - organizadas pelo Irão e pela Rússia, que apoiam Damasco, e pela Turquia, aliada dos grupos insurgentes - pretendem reforçar a frágil trégua negociada por Moscovo e Ancara, no mês passado.
Entretanto, o regime apresentou uma solução política "completa" para o conflito, que inclui a deposição das armas rebeldes em troca de uma amnistia. Mais de 300 mil pessoas foram mortas e mais de metade da população da Síria fugiu do país desde o início da guerra há quase seis anos, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).