"Estamos perto de uma declaração final. Há discussões muito intensas porque não se trata apenas de um papel, trata-se do fim das hostilidades", disse Mistura, estimando que as negociações poderão ficar concluídas durante o dia de hoje.
O porta-voz dos rebeldes sírios Yehya al-Aridi disse esta terça-feira que o grupo não iria assinar uma declaração que saísse das negociações, afirmando que a mesma seria divulgada pelos seus patrocinadores - a Turquia do lado dos rebeldes, e a Rússia pelo regime sírio e possivelmente o Irão.
Aridi acrescentou que a declaração final era um "documento geral" que "não é para ser assinado pelas partes".
Os rebeldes retiraram-se na segunda-feira das negociações cara a cara com o regime de Damasco devido aos continuados bombardeamentos e ataques num posto fronteiriço fora da capital.
A oposição armada disse que as negociações de Astana devem ter como objetivo reforçar a frágil trégua negociada por Moscovo e Ancara no mês passado, mas o regime de Bashar al-Assad pediu uma solução política para o conflito e para os rebeldes entregarem as armas em troca de uma amnistia.
O primeiro dia das negociações não revelou qualquer avanço aparente.
Mais de 310.000 pessoas foram mortas e mais de metade da população síria foi deslocada desde o início do conflito em 2011.
Lusa