Numa noite de setembro de 2016, o condutor brasileiro Osvaldo Luis Modolo Filho recebeu um pedido de boleia de um jovem casal em São Paulo, que seria pago em dinheiro. Sem nunca imaginar o final, Osvaldo aceitou o pedido.
A alguns quarteirões do destino, os dois jovens - que tinham usado nomes falsos na aplicação - apontaram duas facas de cozinha ao motorista e esfaquearam-no repetidamente. O homem, de 52 anos, foi deixado no meio da rua, ferido, enquanto os seus agressores fugiram no carro que lhe pertencia, de acordo com a Reuters.
O homem acabou por morrer, não resistindo aos ferimentos que os jovens lhe provocaram. Segundo a empresa, esta foi a primeira vez que um condutor da Uber foi morto no Brasil, mas os crimes não pararam por aqui.
Antes de aceitarem uma viagem, os motoristas da Uber não sabem a localização dos clientes. Acabam por isso, muitas das vezes, no meio das favelas brasileiras à mercê de criminosos.
Até agora, a polícia brasileira confirmou pelo menos seis mortes de motoristas da Uber. O aumento na taxa de crime está relacionado com a nova política da empresa que permite pagamentos em dinheiro.
Em outubro, a Uber negou quaisquer problemas relacionados com os pagamentos no Brasil. Andrew Macdonald, coordenador da região, disse que a empresa estudou todas as possibilidades e que não existia perigo.
A Uber aceita o pagamento das viagens em dinheiro na Índia, Ásia e na América Latina.
Neste momento, os dois individuos que assaltaram e assassinaram o motorista brasileiro foram detidos e condenados por homícidio. Aguardam ainda a sentença final.