"O tempo está a esgotar-se para mais de um milhão de crianças, mas podemos salvar muitas vidas", afirmou, em comunicado, o diretor executivo do Fundo da ONU para a Infância, Anthony Lake.
No caso da Nigéria, a UNICEF calcula que durante este ano o número de crianças que sofrem de má nutrição aguda chegue às 450 mil, devido aos conflitos armados na região norte do país.
Na Somália, a seca ameaça uma população já fragilizada por décadas de conflito. Quase 6.2 milhões de pessoas enfrentam uma situação de insegurança alimentar grave e precisam de assistência humanitária. É expectável que cerca de 185 mil crianças venham a sofrer de subnutrição aguda grave este ano.
Já no Sudão do Sul, mais de 270 mil crianças estão gravemente malnutridas. É previsível que o total de pessoas em situação de insegurança alimentar no país aumente de 4.9 milhões para 5.5 milhões no pico da época de escassez de alimentos, em julho, se nada for feito conter a gravidade e o alastramento da crise alimentar.
Este ano, a UNICEF está a trabalhar com vários parceiros, com o objetivo de providenciar 220 mil crianças gravemente subnutridas na Nigéria; mais de 200 mil no Sudão do Sul e mais de 200 mil na Somália.