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Dijsselbloem diz que não queria ofender ninguém e recusa demitir-se do Eurogrupo

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, lamentou esta quarta-feira que haja quem se tenha sentido ofendido com as suas declarações, desculpando-se com a cultura Calvinista holandesa e salientou não ter qualquer intenção de se demitir.

"Lamento que alguém se tenha ofendido com o comentário. Foi direto e pode ser explicado com a cultura de rigor holandesa, a cultura Calvinista", afirmou Dijsselbloem, em declarações divulgadas em Bruxelas.

"Lamento que a minha mensagem tenha sido mal entendida e lamento que tenha emergido como o norte contra o sul", salientou, dizendo ainda não ter essa experiência a título pessoal nem enquanto presidente do fórum que reúne os ministros das Finanças da zona euro.

Dijsselbleom adiantou também que a frase que se refere a álcool e mulheres era sobre ele mesmo: "Disse não poder esperar que, se gastar o meu dinheiro de uma forma errada, possa pedir apoio financeiro".

"Não tenho qualquer intenção de me demitir", deixou ainda claro. Várias vozes pediram já a demissão de Dijsselbloem do cargo de presidente do Eurogrupo, incluindo o líder dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu, a família política que o ministro holandês integra.

Também o primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje o afastamento de Dijsselbloem do cargo, a que se juntaram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que se encontra de visita a Bruxelas, e o líder do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.

Jeroen Dijsselbloem acusou, em declarações ao diário alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung publicado na segunda-feira, o bloco do sul da UE de "gastar todo o dinheiro em copos e mulheres".

Lusa