"Após uma intensa busca realizada pela polícia, os corpos dos dois especialistas das Nações Unidas foram recuperados", referiu Lambert Mende.
O norte-americano Michael Sharp e a sueca Zaida Catalan desapareceram juntamente com o seu intérprete congolês e três motoristas quando investigavam abusos dos direitos humanos na capital da província do Kasai Central, Kananga.
Segundo a agência Associated Press, o governo congolês divulgou terem sido encontrados na segunda-feira na região de Kasai três corpos, incluindo os de um homem e de uma mulher caucasianos, mas não confirmou que eram os de Sharp e Catalan.
Em declarações à rádio Top Congo FM, Lambert Mende disse, no entanto, que o governo da RDCongo não tem conhecimento "de outros estrangeiros que tenham desaparecido na região".
A remota região de Kasai tem sido palco de violência desde meados de agosto, quando as forças do governo mataram Kamwina Nsapu, um chefe tribal e líder de milícias que se rebelaram contra o governo do Presidente Joseph Kabila. Os confrontos já causaram mais de 400 mortos.
Um porta-voz da polícia da RDCongo disse na segunda-feira que 39 polícias foram mortos numa emboscada por apoiantes de Nsapu.
A missão da ONU na RDCongo, a MONUSCO, está no país desde 1999 e tem destacados quase 19.000 soldados, polícias e observadores militares no leste e em Kinshasa.
Lusa