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Bombardeado hospital que tratava vítimas de ataque com gás tóxico na Síria

O hospital que estava a receber os feridos do ataque com gás tóxico em Khan Cheikhoun, no noroeste da Síria, foi bombardeado, constatou no local um correspondente da Agência France Presse

Bombardeado hospital que tratava vítimas de ataque com gás tóxico na Síria
© Ammar Abdullah / Reuters

A mesma fonte indicou que o bombardeamento visou uma parte do hospital e que alguns médicos foram vistos no meio dos escombros. Não é possível, de momento, saber qual o número de vítimas.

Este hospital estava a tratar os feridos do ataque com gás tóxico em Khan Cheikhoun, que segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) provocou pelo menos 58 mortos, entre eles 11 menores.

A organização não-governamental, que citou fontes médicas e ativistas, acrescentou que alguns feridos do ataque, perpetrado por aviões não identificados, apresentavam sintomas de asfixia, vómitos e dificuldade de respirar.

O observatório indica ainda que balanço de vítimas mortais poderá aumentar tendo em conta o elevado número de feridos. Os ativistas sírios descreveram o ataque como um dos piores com gás tóxico no país em seis anos de guerra civil e disseram não ter ainda indicação sobre qual o tipo de gás utilizado.

De acordo com os mesmos ativistas, o ataque em Khan Cheikhoun, província de Idleb, foi causado por um bombardeamento aéreo levado a cabo ou pelo governo sírio ou por aviões de guerra russos.

A oposição síria já pediu ao Conselho de Segurança da ONU que abra com urgência um inquérito sobre o ataque com "gás tóxico" perpetrado, segundo disse, pelo regime de Bachar al-Assad no noroeste do país. A maior parte da província de Idleb está sob controlo de fações rebeldes e islâmicas, entre elas o Organismo de Libertação do Levante, a aliança formada em torno da ex-filial síria da Al Qaeda.

Nos últimos dias têm-se registado vários bombardeamentos, alegadamente com gases, no norte da Síria.

Lusa