Segundo o SNTP, os feridos trabalham para o jornal El Nacional (1 jornalista), Caraota Digital (1), Televen (1), Televisora de Táchira (2), AFP em espanhol (1), La Patilla (2), CNN em Espanhol (1) e ainda 1 jornalista a serviço da aliança opositora Mesa de Unidade Democrática.
Os ferimentos teriam sido provocados por bombas de gás lacrimogéneo disparados pelas autoridades para reprimir os manifestantes e em dois casos (Televisora de Táchira) por pedras atiradas contra os jornalistas.
Há ainda a registar, na capital, agressões verbais de manifestantes opositores, contra os canais privados de televisão Globovisión, TV Venezuela e Venevisión, por alegadamente não noticiarem sobre as manifestações opositoras.
Na terça-feira, o SNTP, denunciou que 14 jornalistas foram detidos e outros 106 foram agredidos, no âmbito das manifestações de protesto que ocorrem na Venezuela.
"Trata-se de um número alarmante, que distancia muito das garantias que um Estado democrático deve prover para o exercícios dos direitos", refere um comunicado daquele organismo.
Segundo o SNTP, as detenções de jornalistas têm sido realizadas por oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) que "perseguem, golpeiam, intimidam" os profissionais da comunicação social e "impossibilitam qualquer tentativa para cobrir oportunamente as manifestações".
Por outro lado, as autoridades acusam os jornalistas nacionais e internacionais de empolarem os protestos.As manifestações opositoras na Venezuela se têm intensificado desde 4 de fevereiro último.
A oposição tem protestado para exigir a convocação de eleições gerais no país, a libertação dos presos políticos e o fim da repressão, bem como contra duas recentes sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça concede poderes especiais ao chefe de Estado, limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento.
Lusa