"Convoco uma Constituinte cidadã, não uma Constituinte de partidos nem de elites. Uma Constituinte cidadã, operária, comunal, camponesa, feminista, da juventude, dos estudantes e indígena, mas sobretudo profundamente obreira, decisivamente operária, profundamente comunal", disse.
O anúncio teve lugar durante uma transmissão simultânea e obrigatória pelas rádios e televisões do país, no âmbito de uma marcha de simpatizantes, em Caracas, para assinalar o Dia do Internacional dos Trabalhadores.
Segundo Nicolás Maduro, como parte das suas "atribuições constitucionais", está a reforma do Estado venezuelano, modificar a ordem jurídica e a convocatória permitirá redigir uma nova Constituição, para conseguir "a paz da República"."Convoco o poder constituinte originário, para que seja o povo, com a sua soberania, quem imponha a paz. A oposição quer eleições? Poder constituinte! Quer Paz? Poder constituinte! Quer diálogo? Poder Constituinte. Convoco o povo a preparar-se para uma grande vitória constituinte", disse, sublinhando que pretender "constitucionalizar" todos os programas governamentais de apoio social.
Para iniciar o processo, Nicolás Maduro criou uma comissão presidencial, que será presidida pelo atual ministro de Educação, Elías Jaua.
O Presidente da Venezuela explicou que durante muito tempo estudou esta convocatória e que decidiu avançar depois de a oposição negar-se a continuar com o diálogo.
No domingo, Júlio Borges, presidente da Assembleia Nacional (onde a oposição detém a maioria) advertiu que o Presidente Nicolás Maduro pretendia convocar uma constituinte, denunciando que o propósito seria "materializar o golpe de Estado na Venezuela".
Com Lusa