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Autoridades espanholas mitigam primeiras fases do ciberataque

As autoridades espanholas de combate ao ciberataque anunciaram que conseguiram mitigar as primeiras fases do ataque informático internacional, que esta sexta-feira afetou a operadora de telecomunicações Telefónica e outras empresas.

Autoridades espanholas mitigam primeiras fases do ciberataque
John Adkisson

O Ministério de Energia, Turismo e Agenda Digital espanhol informou, através do Instituto nacional de Cibersegurança (INCIBE), que o Centro de Resposta a Incidentes de Segurança e Indústria (CERTSI) continua a trabalhar com as empresas afetadas pelos ciberataques ocorridos hoje para retomar a normalidade.

O trabalho está a ser realizado pelo Centro de Resposta a Incidentes de Segurança e Indústria, que é operado pelo INCIBE e pelo Centro Nacional para a Proteção de Infraestruturas Críticas (CNPIC) e está a gerir os incidentes de segurança registados.

As primeira fases do ataque foram mitigadas com a emissão de diversas notificações e alertas aos afetados e a potenciais vítimas da ameaça, a adoção de medidas de deteção preventiva nos sistemas e redes, o bloqueio da forma de operar do vírus informático e a recuperação de dispositivos e equipamentos afetados, precisaram.

Muitas empresas afetadas ativaram corretamente os protocolos e procedimentos de segurança e estão a recuperar os sistemas e a sua atividade habitual, acrescentou.

Houve também empresas não afetadas mas suscetíveis ao ataque que tomaram medidas preventivas para impedir a propagação do "malware" (software malicioso) e estão em contacto com o CERTSI para adotarem as últimas ações aconselhadas pelas autoridades.

O CERTSI recomenda a atualização dos equipamentos com as últimas especificações de segurança do fabricante, não abrir ficheiros ou ligações a partir de email de procedência duvidosa e dispor de ferramentas de proteção adequadas, como antivírus/antimalware e firewalls, assim como realizar cópias de segurança periódicas.

Um ataque informático de grandes dimensões à escala internacional atingiu principalmente empresas de telecomunicações e energia mas também a banca ou os serviços médicos britânicos, segundo a multinacional de serviços tecnológicos Claranet.

Em Portugal, a empresa de energia EDP cortou os acessos à Internet da sua rede para prevenir eventuais ataques informáticos e garantiu que não foi registado qualquer problema, já a Portugal Telecom alertou os seus clientes para o vírus perigoso ('malware') a circular na Internet, pedindo aos utilizadores que tenham cautela na navegação na rede e na abertura de anexos no 'email'.

A PT Portugal ativou "todos os planos de segurança" contra um ataque informático a nível internacional e garante que a rede e os seus serviços "não foram afetados".

A Polícia Judiciária está a acompanhar e a tentar perceber o alcance do ciberataque que tem como alvo empresas, segundo o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime da PJ.

No Reino Unido foram reportados importantes problemas informáticos em Hospitais do serviço nacional de saúde.

Lusa